sexta-feira, 23 de março de 2007

Entrevista - Seven Angels Por Márcio Heck



Whiplash - "Seven Angels" é uma banda curitibana bastante conhecida no cenário heavy metal nacional, tanto no meio cristão como fora dele. Abriu shows para Halloween, Nightwhish e Seventh Avenue e tocou no Tributo ao Stryper ao lado de outros grandes nomes da cena cristã, como Stauros, Destra e Eterna. Porém muitos ouvintes do grupo não conhecem seu início e outras curiosidades. Para o leitor se situar desde o princípio, por que o nome Seven Angels?

Eliézer - Veja bem, escolher um nome nem sempre é uma tarefa fácil, até porque precisa soar bem, tem que se adequar ao estilo da banda e ter identidade com o que propomos a escrever. Seven Angels sempre soou bem por ter esses fatores. Por tirarmos do livro de Apocalipse, ao lermos este livro, vemos a descrição do fim dos tempos como uma verdadeira viagem, algo bem profundo em nossas vidas e fato importante que acontecerá na História Mundial. Pela linguagem com a qual ele foi escrito, podemos considerá-lo como um livro bem ao estilo Heavy Metal, digamos assim, como as suas passagens se identificam com as letras e também com a proposta da banda, o nome Seven Angels foi bem aceito por todos.

Whiplash - Como e quando surgiram as primeiras composições, a entrada dos integrantes certos e a certeza que a banda daria certo? Comentem um pouquinho da história do grupo.

Debora - As primeiras composições surgiram bem antes de começarmos a montar o Seven Angels. Eu e o Karím começamos a compor as melodias e a guardá-las. Quando encontramos o Eliezer, então começamos a dar forma para as músicas que já tínhamos e a compor outras para a Demo que sairia em 2000. Nós levamos 1 ano para montar a Banda toda. Começou comigo e com o Karím em 2000, depois veio o nosso batera Eliezer em 2001, o baixista Ricardo em 2001, e o tecladista Rafael em 2002. Permanecemos assim até final de 2004 onde sofremos algumas mudanças. No final de 2004 Rafael saiu da Banda e entrou Régis com mais uma guitarra e também saiu o Ricardo, entrando o Gustavo como baixista. Você perguntou sobre ter certeza da Banda dar certo... Pois é... Eu acho que não dá pra dizer que temos certeza de que qualquer coisa em nossas vidas dê certo... Somente fazemos a nossa parte, e o futuro... Está seguro com Deus!

Whiplash - As primeiras gravações de vocês tiveram ótima repercussão no Brasil. A quem vocês creditam ter impulsionado essa divulgação, antes mesmo de terem lançado o primeiro álbum?

Karím - Em parte, foi pelo tanto de cópias que mandamos! Mandamos para todos os meios de comunicação que tínhamos acesso e a todas as gravadoras que pudemos! Além disso, procuramos gravar um material que tivesse um mínimo de qualidade em se tratando de uma demo! Mais uma coisa, não tem tantas bandas cristãs de heavy melódico, não chega nem a 10% do numero de bandas seculares, é uma lacuna no mercado e quando surgem bandas legais a galera vai atrás mesmo!

Eliézer - Entendemos que não basta ter uma música gravada se ninguém pode ouvi-la. Então nos empenhamos ao máximo em enviar a Demo para o maior numero de pessoas possíveis, para termos noção real do caminho em que estávamos seguindo, ouvindo criticas e aprendendo com o mercado. Procuramos tocar em vários lugares como também enviar várias demos e cartas para divulgarmos as nossas primeiras músicas pelo Brasil inteiro. Assim pudemos ver as respostas positivas do mercado e o apoio demonstrado por algumas pessoas. Creio que isso se tornou um grande impulso para fazermos o primeiro CD.

Whiplash - Houve ou ainda há preconceito quanto a mensagem cristã nas músicas?

Debora - Bem... Houve e há... E sempre haverá... Sabe porque??? Porque as pessoas não conseguem olhar para um trabalho sem achar que elas podem fazer melhor... Eu acredito que sempre temos algo para aprender, e seja com quem for. Por isso quando escuto qualquer Banda e quando leio suas letras, eu procuro tirar o que é bom pra mim, e não saio por aí falando mal do que vai contra o que eu sou e acredito. Temos que ser humildes, temos que reconhecer nossas limitações, temos que aprender a reconhecer o que é bom, porque assim seremos menos preconceituosos.

Eliézer - Acho que hoje em dia as pessoas tem respeitado mais essa questão, mas o preconceito nunca vai acabar, complicado isso, né? As pessoas misturam as coisas!

Whiplash - Conheci o som do Seven Angels com a música "Here I am" presente na compilação da Metal Mission. A repercussão dessas compilações apoiando o metal cristão nacional foi e ainda é uma das vitrines para bandas em evolução no Brasil. Qual o retorno sentido por vocês com a participação nessa coletânea da Metal Mission?

Karím - Olha, como a coletânea saiu muito tempo depois da demo, o impacto foi menor, mas tivemos sim retorno principalmente vindo de fora do Brasil! Mas esses projetos são sempre importantes para divulgar o som de bandas novas é uma pena que ainda seja tão caro para as bandas poderem gravar material de qualidade, ou melhor, caro sempre será, é uma pena que muito pouca gente invista em bandas nacionais!


Whiplash - O último e mais recente álbum, "Faceless Man", excedeu todas as expectativas possíveis com uma produção de dar inveja. Como surgiram as idéias e oportunidades?

Karím - Muito obrigado pelos elogios! Cara, foi muito trabalhoso. Tivemos que descobrir como fazer tudo isso soar bem. A gente sabia exatamente onde queria chegar, mas não tinha a menor idéia de como chegar lá! Fizemos as gravações e fomos experimentando, liguei para muitas pessoas entre elas o Rafael do Angra que é um velho amigo meu e me deu boas dicas assim como o Paulo Anhaia da banda Monster que teve também um papel importante nesse projeto! Pesquisamos muito e experimentamos várias coisas! Chamamos o Silas que trabalha no estúdio Mosh em São Paulo, que fez uma excelente mixagem e é claro, nada disso vale se o som não for bem captado, por isso a escolha do Nico’s Estudio foi fundamental!

Whiplash - O vocal da Débora diferencia a banda das centenas de power melódico que vemos na cena. Como são elaboradas as composições para se ajustarem aos vocais?

Debora - Eu tive o privilégio de estudar piano desde meus 7 anos, isso graças aos meus pais que sempre insistiram em minha carreira de pianista, e sempre gostei de compor. A maioria das melodias são feitas por mim e quando não são, eu as modifico para que fique confortável para a minha voz. Depois eu passo para o Karím que vai colocar todos os links e assim para o Régis, Gustavo e Eliezer fazerem suas partes.

Karím - Isso mesmo, a Débora me passa as melodias, eu crio as bases todas e levamos para o ensaio para arrematar!

Whiplash - Quais motivos ocasionaram a saída do tecladista Rafael? E o recrutamento do guitarrista Regis, como aconteceu?

Eliézer - Bom, dizer que saídas ocasionam divergências musicais não é nenhuma novidade, mas digamos que isso não aconteceu. O principal motivo pelo qual o Rafael pediu para sair, é que precisou se dedicar mais aos estudos; o que aconteceu com a entrada na Faculdade, além do mais, o tempo de dedicação na banda começou a aumentar e também os ensaios, shows, viagens, gravações, então antes que as coisas começassem a complicar, o Rafael tomou essa decisão. Inicialmente ficamos meio sem ter o que fazer com algumas músicas que tinham bastante teclado, mas logo vimos que podíamos explorar mais as Guitarras, ainda mais com a recém entrada do Régis pouco antes do Rafael sair.

Régis - Eu já conhecia o Karím ha muito tempo, porém nunca havíamos cogitado tocarmos juntos. No ano de 2004, ele conversou comigo sobre essa possibilidade, pois a banda sempre quis ter duas guitarras. Falamos sobre como isso procederia, tirei algumas músicas e fizemos um teste. E estou aqui, com eles agora.

Whiplash - Com dois guitarristas no line-up, vocês já previam um álbum tão pesado quanto realmente ficou o "Faceless Man"?

Karím - Com certeza, desde o inicio da banda a idéia era de termos 2 guitarras, mesmo quando o Rafael tocava com a gente sentíamos essa necessidade! O álbum foi composto para duas guitarras e o lance do peso é uma tendência do nosso som mesmo! Acho que daqui pra frente isso só vai aumentar!

Whiplash - Qual foi o equipamento utilizado por vocês nas gravações? Qual funciona bem nos shows?

Régis - Isso não é e nem deve ser uma regra. Porém no nosso caso, a gravação foi um tanto quanto diferente do que ao vivo, no que diz respeito ao equipamento. Experimentamos varios pre-amps, pedais, amplis e caixas... Também microfones diferentes... Ao vivo eu uso um pre-amp da TubeWorks pra distorçao. O Karím tem um ADA MP-1.

Whiplash - O "Faceless Man" é bastante inovador, visto pelas participações especiais. A idéia de inserir um solo de sax na música "Unseen Truth" foi muito interessante, bem como a participação de Ronaldo Simolla e também Osias Colucci nos guturais. De quem partiram tais iniciativas e como serão executados esses adicionais nos shows? Alguém da banda toca sax?

Karím - Nos shows nós mesmos nos adaptamos para fazer essas partes, o solo de Sax é feito na guitarra mesmo! Mas inovar é nosso negócio (risos0! Desde o timbre da Débora até as participações e os instrumentos, meio diferentes! Claro que isso nem sempre agrada a todos! Mas....... Isso não nos incomoda muito não!

Debora - Eu particularmente gosto muito de inovar. Sempre coloco minhas idéias para o Karím na hora que estou compondo e juntos chegamos sempre ao que vai ficar legal para o nosso estilo, e o que combina com minha voz ou não. E assim vamos montando as músicas.

Whiplash - Vocês costumam tocar alguns "covers" nos shows. A opinião geral se divide quando vocês tocam músicas de bandas seculares, como Helloween e Stratovarius, sendo que existem bandas cristãs muito boas para serem coverizadas. O que vocês têm a dizer sobre isso?

Karím - Quando escolhemos um cover, analisamos sempre vários aspectos: se a música é conhecida pela grande maioria do público; se nós gostamos da música; se ela fala de coisas com as quais nós concordamos.

Karím - Não faz sentido você tocar um cover que apenas 20% da galera conheça, se for assim tocamos só músicas nossas, esse não é o objetivo do cover.

Karím - Agora, analise uma coisa. Quantas músicas a gente toca no louvor da nossa igreja que agente não tem a menor idéia de onde vem? Mas se a letra é cristã então nós tocamos, não é assim?

Karím - Então com o Seven Angels funciona igual. Não interessa muito quem fez a música (Claro que a gente cuida com isso também) o que interessa é o que ela fala! Interessa que ela passe os princípios que nós cremos.

Karím - Claro que existem ótimas músicas cristãs, mas ninguém conhece, aí perde o sentido!

Eliézer - Creio que nos shows a aproximação com o público é o objetivo principal de qualquer banda, então acreditamos que tocar cover torna esse objetivo mais fácil, pelo menos em determinado momento do show (hehe). Assim buscamos músicas que antes de tudo nós curtimos fazer, que as letras não contradizem os nossos princípios, e que o publico goste. O fato de ser banda secular ou cristã, não nos incomoda muito por termos uma boa idéia do que estamos tocando e falando, mas depende também do local e do público, pois tocamos Tourniquet aonde vemos que a maioria das pessoas irá gostar e reconhecer a música e tocamos Helloween aonde achamos que a galera irá curtir se tocarmos essa banda, então creio que na hora sentimos o que vai rolar.

Gustavo - Claro que ha sem duvidas bandas cristãs muito boas, mas o nosso objetivo de tocarmos músicas de bandas seculares é atingir o publico que não é cristão, além do nosso gosto pessoal por essas bandas.

Whiplash - Quais os planos da banda para 2006?

Debora - Nós temos muitos planos, como qualquer pessoa tem...agora acredito que somente Deus pode permitir que eles aconteçam. Vamos começar a compor o novo cd, esperamos que o Tributo ao Primal Fear possa sair no primeiro semestre com a música "Sacred Illusion" que gravamos no ano passado, temos datas a confirmar em vários lugares dentro e fora do Brasil, temos neste mês de Fevereiro o lançamento do Faceless Man nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália e esperamos que seja um ano onde a gente possa tocar muito!!!

Gustavo - a banda tem muitos planos e alvos para 2006, um deles que eu considero um dos mais importantes, é poder atingir um numero maior de pessoas não cristãs, tanto do Brasil e no mundo para que todos venham conhecer o amor o perdão e a graça de Cristo, através das nossas músicas e estilo de viver.

Whiplash - Agora um pouquinho do lado pessoal da banda... Qual é a igreja de > vocês? Todos moram em Curitiba?

Gustavo - Todos moramos em Curitiba, Eu, Karim e Debora freqüentamos a comunidade Gólgota, o Regis e o Eliezer, a igreja Cristianismo Decidido. Ambas ficam em Curitiba.

Debora - Igreja...nossa!!! Há ha... Se as pessoas soubessem como é bom a gente estar em uma Igreja!!! Tem gente que não pode nem ouvir falar nessa palavra... As pessoas só se lembram de Deus na hora da morte ou quando estão com uma doença grave, ou ainda quando estão com uma situação difícil. Eu quero deixar registrado aqui que Deus nos dá livre escolha para tudo em nossa vida. Nós escolhemos acreditar que Ele existe e temos experimentado o quanto Ele é real no nosso dia a dia. O que faz a Igreja é a reunião de todos que pensam e acreditam da mesma forma...

Whiplash - Quando não estão envolvidos com a banda, quais as atividades de vocês?

Debora - Dou aula de piano e técnica vocal. Tenho dois filhos lindos que dão um trabalhinho pra criar...

Gustavo - mesmo quando estou envolvido com as atividades da banda, eu dou aula de Contra Baixo, participo de um grupo chamado "Sangue Bom" que se dedica a famílias carentes e pessoas marginalizadas, levamos ate eles aquilo que é eterno, o amor de Cristo, tanto em atitudes quanto em palavras. Passo tempo com a família e vou aos cultos na comunidade Golgota.

Régis - Sou professor da Academia de Música Da Capo em Curitiba e tenho produzido alguns EP’s de alunos em um home estudio montado na casa de um colega também professor da escola.

Karím - Eu trabalho num estúdio, é bem puxado e não dá tempo de fazer muitas outras coisas! Todo o resto do tempo que tenho dedico a minha família e ao Seven Angels

Whiplash - O que vocês ouvem no carro ou em casa?
Gustavo - Ouço muita coisa, não só do estilo metal. Mas o que eu mais tenho ouvido é Pain of Salvation, Dream Theater, Symphony X, Nevermore, Stryper, Petra, Mortification e Tourniquet etc...

Karím - Tenho escutado Rammstein, Nevermore, Divinefire, Symphony X

Debora - Dark Moor, Statovarius, Helloween, Whithin Temptation, Sonata Artica, Gamma Ray etc.

Whiplash - Qual a opinião da banda quanto ao "mp3"?

Régis - Devemos atentar para uma realidade: é praticamente impossível hoje eliminar a circulação de mp3 por aí. Devemos aprender com isso, e procurar tirar vantagens. De certa forma, o mp3 é um tipo de veiculo de propaganda. Muita gente vai ouvir as músicas em lugares aonde o CD ainda não chegou apenas por esse meio. Disponibilizar no site também é uma forma. Enfim, temos que nos adaptar a esse panorama.

Karím - Eu acho que falta controle. É muito útil para muitas bandas, mas extremamente prejudicial para outras. Sei que muitas bandas se beneficiam disso e acho isso maravilhoso, desde que a banda concorde com isso. Na minha opinião, compartilhar músicas que não te pertencem, sem autorização é roubo e deve ser tratado como tal, a não ser que a banda autorize. O pior de tudo é ver cristãos e sites cristãos colaborando com isso e pior ainda, incentivando essa prática! Esse povo tem que acordar e ver que isso é falta de respeito de consideração pelo trabalho e esforço das bandas! Cara, vc tem noção de qto custa para gravar um cd?? Pra depois vir alguém, copiar e distribuir de graça pra todo mundo sem nem ao menos te perguntar se pode? É a mesma coisa que eu entrar na sua casa, pegar a chave do seu carro sem te pedir e sair por aí pra dar umas voltas, depois eu empresto ele pra umas 10 pessoas e pronto! Não tem nenhuma diferença, o carro é teu, te pertence, vc comprou com o seu dinheiro...

Karím - A música é minha, eu fiz, eu gastei pra gravar, eu tenho os direitos por lei e não quero que outros a distribuam de graça q...... o que é isso ?? Pra mim é roubo.

Karím - Imagina então o cara entrar na tua casa, pegar o teu cd, levar pra casa dele, copiar e te devolver, sem nem olhar pra tua cara... que ridículo!

Karím - Chegamos num ponto onde as gravadoras e selos estão acreditando nos artistas brasileiros, só que também chegamos num ponto onde estamos voltando para trás. Os investimentos estão menores, o apoio também, e tudo pq as vendas estão caindo graças à pirataria! E não venham com o papo que o CD está caro porque tem gente que gasta 30 reais num lanche, na padaria, num sorvete e não gasta num cd! Outra "justificativa" é que muitas bandas não seriam nem conhecidas se não fosse pelo mp3 e mais uma vez eu digo, concordo que as músicas sejam compartilhadas, mas tem que ser o CD inteiro?? As pessoas se aproveitam disso pra tirar vantagem e não comprar o CD! Tem CD de banda nacional que custa R$15 e mesmo assim ta aí na net pra quem quiser baixar!

Karím - Com certeza concordo em baixar algumas músicas que são mais que suficientes pra conhecer o som da banda, mas não é isso que acontece, os cd´os são colocados na integra para download, e chega ao cúmulo de vir ainda com a capa, e verso de capa, versão européia e japonesa, com e sem bônus... Que palhaçada de conversa de "conhecer a banda".

Karím - Bom, o cara pode baixar o cd, mas vai ter que orar muito pra que não seja o último e a banda não acabe por falta de recursos!

Karím - Por outro lado, se a banda concorda, libera e incentiva, maravilha acho que a troca e compartilhamento devem realmente ser feitos o mp3 foi uma descoberta revolucionária mesmo! Excelente para facilitar a divulgação das músicas e envio pela Internet! Sou super a favor do mp3, não sou a favor da distribuição descontrolada e desrespeitosa!

Whiplash - Como vocês vêem essa "popularização" de bandas de rock e metal com vocais femininos?

Debora - Acho que até demorou pra acontecer, mas creio que só veio colaborar com o Heavy Metal. Tem muita voz linda aparecendo, e com seus diferentes timbres tem tornado certas Bandas maravilhosas!!! Quero aproveitar pra dizer que nós precisamos aprender a reconhecer o que é bom e bem feito, independente de gostarmos ou não da voz, do estilo, e das composições.

Whiplash - Quais os grandes lançamentos de 2005? O que esperam de 2006?

Karím - Acho que o Divinefire é uma grata surpresa, uma excelente banda cristã de Heavy Melódico! Silent Force do Within.Temptation, não sei sé é de 2005, mas é um álbum arrasador! E o Seven Angels hehe!

Karím - Queremos tocar muito, em lugares onde ainda não estivemos! Queremos subir mais um degrau nessa jornada ! Esperamos que nossa música atinja uma grande quantidade de pessoas, principalmente os que ainda não a conhecem!

Whiplash - Agora o espaço é de vocês. Agradecemos de forma especial a entrevista e que Deus continue abençoando o Seven Angels.

Gustavo - Quero agradecer a Deus por tudo que Ele tem nos proporcionado como banda, agradeço nossas famílias que tem nos apoiado, a nossas igrejas, a galera da Whiplash pela entrevista.

Débora - Quero agradecer à Deus por nos ter dado esses Talentos e a oportunidade de termos um trabalho como o Seven Angels. Ao Whiplash! que desde o nosso começo tem nos apoiado. Às pessoas que tem ido aos nossos shows, comprado nosso CD e nossas camisetas. Aos nossos mantenedores e patrocinadores. Aos que tem nos levado para suas cidades, aos nossos distribuidores e a nossa gravadora Encore. Obrigada!!!

-

Review - Faceless Man (Seven Angels)

Nota: 9,5

Por Márcio Heck


A banda curitibana Seven Angels, formada por Debora Serri (vocal), Karím Serri (guitarra), Régis Lafayette (guitarra), Gustavo Martins (baixo) e Eliézer Leite (bateria), chega ao seu segundo álbum completo, acrescentando elementos e inovações ao bom power metal executado pelo grupo.

Após a ótima repercussão da demo "To know God... and make Him known" em 2001 e as boas críticas recebidas com o "The Second Floor" em 2002, agora a banda recebe o reconhecimento com o "Faceless Man", lançado em novembro de 2005, pela Encore Records e distribuído pela Bombworks nos Estados Unidos, Europa e Austrália.

Seven Angels, que já é referência no contexto metálico brasileiro, preenche um espaço bastante procurado, devido o uso de vocais femininos. No contexto cristão, poucos grupos exploram esta modalidade de voz.

Este esperado álbum foi gravado no conceituado Nico’s estúdio, em Curitiba, mixado por Silas Godoy, que já trabalhou com Dr. Sin e Ratos de Porão, e masterizado num dos melhores estúdios do mundo, o Finvox, na Finlândia, o mesmo de Stratovarius, Sonata Arctica e Gamma Ray.

As guitarras estão bem mais virtuosas e aceleradas que no "The Second Floor". A timbragem dos instrumentos é fiel ao estilo e, ao mesmo tempo variada, para não saturar o ouvinte com a mesma sonoridade o álbum todo.

"A Handful Sand" abre o CD em alta rotação, sem introdução, diferente do álbum anterior. Sua mensagem aborda de forma bem colocada e encorajadora sobre o renascimento em Cristo. Traz como convidado Marco Caporasso, vocalista da banda Dragonheart. As alternâncias de velocidade e a bateria veloz fazem desta faixa um destaque no álbum. A "Beyond the dark side of the moon" dá continuidade ao som de abertura, permeando partes carregadas com suaves e momentos de extrema técnica.

Débora Serri explora seu lado lírico na belíssima "Nothing besides dust", uma das composições mais marcantes do disco. Em seguida, "Walking over all the seas", também pesada, alterna momentos e climas variados, incluindo vocais guturais de Osias Colucci.

"Faceless Man" traz a maior dose de metal progressivo e versa sobre o desejo do homem em conhecer a si mesmo, ante a criação, reconhecendo sua dependência de Deus. Outro destaque do disco é "Unsen Truth", que traz sensações e atmosferas diversas. Nesta música temos a boa participação de Ronaldo Simolla (Matriz, ex-Delpht). Sua voz lembra a do vocalista da banda alemã Seventh Avenue. Ainda nesta música temos um inesperado e bom solo de sax (isso mesmo, solo de sax!) que é bem encaixado no contexto da composição.

Carregada de riffs rápidos logo na introdução, "Daydream" tem melodia diferenciada, com instrumental bastante técnico. Aliás, técnica não falta em todo o disco, sem torná-lo desgastante por isso. Fechando o álbum com competência, temos ainda "Nobody wants to live alone" e "From now to Eternity".

"Faceless Man" é um disco indispensável aos headbangers dotados de bom gosto. Qualidade além do esperado. Longa vida à banda!

2 comentários:

Daniella Ras disse...

Ow, meu filho, já que não deixaste um email para as pessoas poderem se comunicar com você, estou mandando esse recadinho. Espero que você o leia! Bem, meu nome é Daniella de Andrade. Eu gostaria de saber se você sabe onde eu posso comprar - pelo amor de Deus - o cd 'Happy Now?' do Loudflower. Esse cd é super raro e eu to louca pra escutar! meu email é: suaface@yahoo.com.br

Daniella Ras disse...

Ow, meu filho, já que não deixaste um email para as pessoas poderem se comunicar com você, estou mandando esse recadinho. Espero que você o leia! Bem, meu nome é Daniella de Andrade. Eu gostaria de saber se você sabe onde eu posso comprar - pelo amor de Deus - o cd 'Happy Now?' do Loudflower. Esse cd é super raro e eu to louca pra escutar! meu email é: suaface@yahoo.com.br